Ao cair da noite
passos à minha porta
que se abre, lentamente.
Entras.
meu ser, escancarado
aguarda, impaciente
a boca percorre
o corpo infinito
que palpita
entregue
o toque
o cheiro
um pescoço que se abre à eternidade
de um arrepio de amor
finalmente
recebo-te em mim
rígido, pulsante
explosivo
e me entrego
virgem
mulher
gueixa.
quanto tua visita,
passageira,
deixa meu leito
num amanhecer que insiste em nos acordar
guardo em mim sabores misteriosos
muda.
virgem.
gueixa.
Luna
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
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2 comentários:
amei o fato de ela se manter muda, virgem e gueixa até o final, depois de tudo.
Me agrada muito o silêncio pós-coito, talvez por certa perplexidade dianto do ato, ou mesmo de algum super vazio terrível...
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