quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Inertes

Morde-me os lábios e te acalma.
Suga-me a saliva que tanto esperaste.
Acalma-te e me beija.
Encosta-me os lábios suavemente,
sem pressas, sem ansiedades.
Simplesmente percorre-me a face com tua face.
Sente esse perfume que te deixa inerte...

Mordo-te os lábios e te desperto.
Sugo-te os desejos que tanto tentas esconder.
Acalmo-te e te beijo.
Encosto meu sexo em teu sexo,
sem pressas, sem ansiedades.
Simplesmente percorro teu corpo com meu corpo.
Sinto teu perfume e te tiro da inércia...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Toma-me

Toma-me.
Devora-me,
que se a madeira desta cama não suportar
a voracidade de nossos espasmos,
abrimos um leito no chão.

Toma-me e
devora-me,
que em meu corpo pouco resta de clareza,
e se não te sinto dentro, ou por dentro,
sou capaz de não voltar à lucidez.

Toma-me!
Devora-me...
Que a terra já me envolve e me sufoca,
que me estremeço inteiro, me completo...
e me suspendo em jorros de prazer.

Toma-me,
devora-me...

Bebe-me.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A noite dissolve os homens

Ao cair da noite
passos à minha porta
que se abre, lentamente.
Entras.
meu ser, escancarado
aguarda, impaciente

a boca percorre
o corpo infinito
que palpita
entregue

o toque
o cheiro
um pescoço que se abre à eternidade
de um arrepio de amor

finalmente
recebo-te em mim
rígido, pulsante
explosivo

e me entrego
virgem
mulher
gueixa.

quanto tua visita,
passageira,
deixa meu leito
num amanhecer que insiste em nos acordar
guardo em mim sabores misteriosos

muda.
virgem.
gueixa.




Luna

Volúveis

carnes em trêmula entrega
lábios que me sugam os seios
eterna corrente de desejo
que se instaura em meu ser
feminino.


Luna

Lascívia

Linguagem
Corpórea
desfeita
em lânguidos pedidos
de amor
volúpia
e gozo.



Luna