quinta-feira, 12 de abril de 2007

Amante infiel

E fiquei pensando nas traições...
Foram tantas que...
Que doíam-me a consciência.

Amante infiel que fui...
Mesmo amando loucamente um,
não conseguia controlar meus instintos,
não conseguia controlar a vontade de conhecer,
e ficar, e beijar e me deitar com tantos outros...

Mas aprender, com o tempo,
a rir da minha própria devassidão,
a proclamar-me meretriz,
dona de mim, do meu corpo, da minha liberdade!

Amar intensamente...
Amores múltiplos,
de orgasmos a se somarem
como que cumprindo metas,
alimentando minha infindável necessidade de prazer.

E dizer-te que te amei,
de maneira especial, te amei.
Mas de ti... ao contrário do que pensávamos,
de ti, nunca fui!

Um comentário:

Anônimo disse...

(e durante o dia inteiro fui tempestade de areia e vidro sobre mim. te conto isso como parte de uma profecia que é também um segredo que irá se completar. mas não hoje. gritei com a caravana, fomos para aquele oásis ali, está vendo?, lá estenderemos esse pano colorido e comeremos tâmaras e água muito fresca. lá a memória de iemanjá é um sonho. e contamos uns aos outros os nossos sonhos de leveza. um dia, será bem vindo. agora, infelizmente, despeço. bom descanso.)