quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Homem por uma noite

Era uma vez uma mulher quente, que gostava de coisas quentes e que, num verão daqueles bem quentes, dava carona para um menino quente.
Ela, morena, de vestidinho curto, como ela mesmo gostava de dizer: “o mais próximo de estar nua”.
Ele, novinho, uns anos mais novo que ela, em pleno vapor do fim da puberdade.
Ela, contralto. Ele, baixo.

Um dia... um dia, o ar-condicionado do carro não foi capaz de amenizar o calor que fazia dentro do veículo. A mão dele, que antes só tocava o ombro dela, desceu até o joelho, e subiu até o umbigo.
Ela: — Tire o cinto de segurança, que está me atrapalhando!
Ele: — Ok!
Beijos, mãos e...
Ela: — Tire a calça, que está me atrapalhando também!!!
Ele: — Ok...

E o menino descobriu todos os prazeres que uma boca feminina podia lhe dar. Ou melhor, quase todos, pois antes que ele tivesse o melhor orgasmo de sua vida...
Ela: — Então, até amanhã!...
Ele: — An?... como?...
Ela: — Até amanhã!, com um sorriso de quem definitivamente comandava a situação.
Ele: — Até...

O tempo passava e aquela despedida ia virando um hábito. Até que ela não se segurou mais, afinal, também merecia o melhor prazer do mundo. Levou-o para seu apartamento.

Uns beijos, uns amassos e mãos percorrendo todos os cantos possíveis. Ele, enfim, lhe retribuiu, à mesma maneira, os prazeres que ela andava lhe proporcionando. Mostrou que, além de emitir uma bela voz, aquela boca era capaz de outras maravilhas.

A alegria não parou por aí. Mão aqui, mão ali, ela resolveu explorar um pouco mais o corpo do garoto. Foi, aos poucos, chegando a uma zona erógena, por sinal, muito mal explorada nos homens que se qualificam como heterossexuais, que provocou nele um gemido de prazer mais intenso que os tidos até então. Notando a reação, ela decidiu ir um pouco mais além. Um dedo. Um gemido. Dois dedos. Dois gemidos. E nessa de quem come quem, ela... ela o comeu!
Comeu, e comeu bem comido. Não foi comida. Mas comeu. Deu prazer e não deu. Por uma noite, foi homem de outro homem. E foi bom!

Passada a emoção de ser ativa, ela agora anda pensando se continua exercendo esse papel de vez em quando. Pensa até em comprar um consolo, uma calcinha especial... Afinal, se qualquer maneira de amor vale à pena, no sexo, então, está tudo mais que liberado, não é mesmo?

2 comentários:

Anônimo disse...

Mininu du céu!
uhauhauhauhAuhAaHU bom bom...mas gosto dos mais poéticos....

O do waiter é no mesmo estilo mas me parece ter uma linguagem mais legal..sei lá, opinião de quem num entende dessas coisas direito talvez hehehehe

Thiago Feital disse...

Muito bom o corte do flxuo para diálogos diretos...
"corte do fluxo"?
kkkkk
fluiu muito bem!